Precisamos esclarecer que avaliação neuropsicológica não é medir QI, mas sim identificar fatores de risco para o desenvolvimento humano, associar os resultados com variáveis ambientais ou características maternas (ansiedade), avaliar o impacto de condições biológicas (prematuridade, baixo peso), identificar habilidades específicas de uma criança e determinar estratégias apropriadas de intervenção.
Hoje em dia a avaliação neuropsicológica, ultrapassa modelos mecânicos de protocolos, apenas com resultados numéricos, e por conta de lesões cerebrais. Ela analisa de forma dinâmica a relação cérebro-comportamento e ultrapassa a mera classificação de uma criança num grupo de referência.
O trabalho do neuropsicólogo, tem como objetivo o diagnóstico diferencial, mapeamento cognitivo para uma intervenção precoce e melhores possibilidades de desenvolvimento dessa criança.
Os Marcos do Desenvolvimento, são uma questão que causa muitas dúvidas nos pais, pois há uma crença de que “cada criança tem seu tempo” que faz muitas famílias ignorarem sinais precoces de que a criança não está se desenvolvendo no ritmo esperado. Então, quando entendemos que existe sim um tempo adequado para a criança adquirir habilidades podemos observar melhor como está seu desenvolvimento.
Na idade dos 2 aos 3 anos, precisamos estar atentos se há perceptíveis atrasos do desenvolvimento da criança como na comunicação verbal e não-verbal, crises de birra que excedem o esperado, perda de aquisições já estabelecidas, afastamento de figuras de referência e estranhamento exagerado de pessoas pouco familiares. Esses pontos já podem ser considerados como alerta de que pode haver algo errado com a criança.
Já dos 3 aos 6 anos, o que observamos como algo que precisa de atenção são os medos exagerados e sem fundamentação, enurese e encoprese, alimentação extremamente seletiva, atos de crueldade com crianças menores e animais ou até mesmo pequenos furtos.
Se você nota um destes comportamentos no seu filho, busque um neuropsicólogo.